O livro “Vamos fazer a paz?!” recolhe as vozes das crianças das Escolas da Paz da Comunidade de Sant'Egídio espalhadas pelo mundo, e é o resultado de um longo percurso educativo que decorreu entre 2022 e 2024 envolvendo várias escolas, também em contextos marcados por conflitos e violência.
O título ecoa o da exposição itinerante que recolheu os testemunhos de crianças que viveram a guerra, os quais foram depois reunidos no livro, cuja intenção é fazer ouvir, como refere o subtítulo, “a voz das crianças sobre a guerra”. Como explica Stella Cervogni, coordenadora das Escolas de Paz, na introdução, “Vamos fazer a paz?!” é simultaneamente uma pergunta e uma afirmação: é uma pergunta que as crianças fazem frequentemente, “quando aprendem a parar de lutar e desejam reconciliar-se”, e é “uma afirmação convicta da necessidade de retomar o diálogo e acabar com os conflitos”. No prefácio, Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade, recorda a importância, para os subúrbios, das Escolas de Paz que “ajudam a estabelecer redes de solidariedade, a iniciar movimentos cívicos de bairro, a criar um sentido de comunidade, a trabalhar em conjunto para o bem comum”.
As experiências das crianças vão desde a Segunda Guerra Mundial até aos conflitos actuais, como a Ucrânia, o Afeganistão, a República Democrática do Congo, a Síria e muitos outros. O sofrimento das crianças afecta toda a humanidade, como nos recorda Edith Bruke no prefácio: “Cada criança que sofre diz respeito a todos. Porque o mundo de hoje está interligado: já não há nada que possamos definir como absolutamente distante. Tudo está próximo. Já não podemos dizer que não vimos ou que não sabemos e ficar indiferentes”. Na última parte, as crianças reflectem sobre a fealdade da guerra e a beleza da paz, e pedem aos adultos que se esforcem mais para a alcançar. Como escrevem as crianças, “as palavras amáveis são a chave para fazer a paz”.
O livro já foi apresentado em vários bairros de Roma - Primavalle, Prima Porta, Tuscolana, Tor Bella Monaca e Ostia - e nos próximos meses haverá mais apresentações.
O livro é editado pela Scholé: para ler mais clique aqui.