Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres, a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos, a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
Actos dos Apóstolos 4,23-31
Logo que foram postos em liberdade, foram ter com os seus e contaram-lhes tudo quanto os sumos sacerdotes e os anciãos lhes tinham dito. Depois de tudo terem ouvido, ergueram a voz a Deus, numa só alma, e disseram:
«Senhor, Tu é que fizeste o Céu, a Terra, o mar e tudo o que neles se encontra.
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
Pedro e João, colocados em liberdade, vão ter com os discípulos e, juntamente com a comunidade, agradecem ao Senhor por aquilo que realizou por meio deles. O agradecimento torna-se invocação para que os discípulos possam continuar “corajosamente” a anunciação do Evangelho. É a vocação da comunidade que o Senhor continua a confirmar. Com efeito, no fim da oração, ocorre um novo terramoto e todos ficam cheios, mais uma vez, do Espírito Santo. Parece que o autor dos Actos queira sugerir que não basta um só Pentecostes, mas são necessários outros. Ou melhor, é preciso que o Pentecostes continue na vida de toda a comunidade cristã para que não se deixe amedrontar, para que não tenha medo. Neste sentido, podemos afirmar que a dimensão carismática é essencial na vida da Igreja e de toda a comunidade. De facto, sem o Espírito Santo, sem a Sua força, os cristãos estão como que sem energia. O Espírito Santo, que é doado aos crentes enquanto estão a rezar, é a própria força de Deus. Ele concede-a com abundância a todos aqueles que a solicitarem com coração sincero, aos pequeninos e aos grandes, aos ricos e aos pobres, aos bons e aos maus: todos são chamados a vivificar o mundo com o fogo do amor. Esta energia interior faz com que os discípulos fiquem prontos e capazes de «anunciar a Palavra de Deus com coragem» e de atrair ao Senhor aqueles que se deixam tocar o coração.